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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

3meses 3 cidades em 3 dias

Estou ficando tão sem tempo que mesmo querendo postar logo pra não perder os pontos principais eu acabei não fazendo isso desde a minha primeira postagem no terceiro dia de Lausanne.
Agora já faz quase 3 meses que estou aqui e quando comecei a escrever esse post fazia mais de um mês e meio, mas não tive tempo de terminar.

3 casas e 3 cidades em 3 meses

Como a moradia que estava era temporária (em Prilly, um distrito de Lausanne mas há 10 min do meu local de trabalho de ônibus), apareceu oportunidade de me mudar para o centro da cidade (5 min a pé do meu local de trabalho e por um preço mais acessível). Passei a morar então com uma senhora e um estudante PHD, mas nunca o via, a senhora via muito pouco também. Funciona como uma pensão, basicamente pagava pelo quarto, tinhamos um banheiro pra utilizarmos e horário combinado pra tomar banho, tinha um espaçozinho na geladeira, um prato, um copo, uma faca, um garfo, uma colher... e não podia cozinhar.  Na verdade poderia cozinhar coisas rápidas, mas não sabia o que era rápido o suficiente no meio de tantas restrições, então eu nunca cozinhava e basicamente tudo ficava no meu quarto, inclusive eu, o tempo todo pois não me sintia livre pra utilizar as áreas comuns, embora eu pudesse. Tinha que ter meu detergente e meu próprio pano para secar e limpar a mesa. O pior de tudo é que nem lixo a gente podia misturar. Cada um com seu lixo e sua coleta seletiva ( a minha dentro do meu quarto no caso). Lavar roupa? De 15 em 15 dias de 7h às 9h da manhã na lavanderia comunitária do prédio através de um sistema super complexo que me fez passar a maior raiva e que horário péssimo!!! E mais uma coisa, não podia receber visitas... :(
Bom, dá pra ver que mesmo sendo mais barato, numa ótima localização, eu não me adaptei com esse sistema de pensão! Um dia resolvi fritar um ovo na caçarola da mulher, pois não achei frigideira. Foi o fim do mundo pra ela e pra mim a gota d'água! E a partir daí, eu que já estava procurando outro lugar pra morar antes mesmo de ir pra lá, achei outro lugar. Não foi tão fácil assim me mudar novamente e vou me mudar em Dezembro já para uma vila próxima de Lausanne. É uma casa enorme com um jardim gigantesco, ao lado de uma floresta. Vou morar com mais 4 pessoas. Os espaços comuns são super aconchegantes, posso cozinhar, tenho espaço pra minhas coisas na cozinha, tem uma area de service onde posso lavar roupa quando quiser, e até uma boite :) Mas lá tá cheio de entulho, tem que dar um jeito. O preço também é acessível, posso receber visitas (inclusive tem um quarto de hóspedes) e o único problema que trem é de meia em meia hora e demora uns 22 min pra chegar aqui, mas bem, vou dar meu jeito.


Agora sobre o estágio no escritório Burckhardt+Partner em Lausane-Flon...


Horário


Trabalho de segunda a sexta (adoro a idéia de não ter que trabalhar no sábado como algumas profissões), inclusive adoro a ideia de ter um horário certo pra trabalhar pois já estava ficando louca com a ideia de virar uma arquiteta que nunca dorme (até porque já tem mais de um anoque amo dormir, ter tempo para comer e fazer tudo que é necessário), esse é um ponto que considero já interessante de trabalhar num escritório, numa empresa dentro de um sistema já predefinido. Só que é um sistema aberto :). Os horários são flexíveis, vamos dizer que o início da jornada é as 8:30, com até 1:30h de almoço deveria sair do serviço às 18:20 ( temos que trabalhar 8:20h por dia, 41h por semana), mas a flexibilidade está no fato de que trabalhando as 8:20h por dia, ou 41h por semana, o resto não interessa porque: todos nós temos uma chave, sabemos a senha do alarme, então se sou a primeira a chegar ou a última a sair (como agora, rs) tenho que verificar se não tem mais alguém no mesmo pavimento (são dois pavimentos), apagar todas as luzes e configurar o alarme e depois sair correndo, rs.
Temos um sistema de relatório de trabalho em que colocamos o número do projeto no qual estamos trabalhando o código do concurso também no caso e de que horas a que horas trabalhamos nisso, no fim do dia o sistema soma tudo e nos dá créditos se tivermos ou horas negativas. Mesmo tendo um horário de serviço tenho trabalhado mais essa semana, estou com pelo menos meia hora de crédito todos os dias. :)
No fim da semana exaustiva, mas feliz sempre viajo para os finais de semana organizados pelo IAESTE, que começam sábado de manhã e terminam domingo (depois explico mais sobre as viagens, mas só pra constar, é assim que viajo tanto, sábado e domingo, o suficiente, pra quem acha que não trabalho haha)

terça-feira, 21 de junho de 2016

Da saturação à negociação no urbano compartilhado

Esse trabalho apresenta uma ferramenta de visualização de atividades urbanas que pode ser aplicada a qualquer ambiente urbano contemporâneo, complexo e dinâmico. As cidades de Ouro Preto e Lausanne, na Suíça, foram tomadas como estudo de caso para a criação de diagramas topológicos de informações dinâmicas através de recursos tecnológicos do design paramétrico. Esses, sobrepostos, permitem a análise de processos congestionantes, picos de saturação e combinação de variáveis urbanas.  Como meio de visualização contemporâneo e dinâmico, necessita ser atualizado constantemente, trazendo o chamado meta­espaço para a realidade visível, o que engloba questões de acesso a informações úteis em tempo real que torna as pessoas capazes de tomar suas próprias decisões em sincronia com o urbano compartilhado, a chamada negociação. O referencial teórico aborda o entendimento das cidades contemporâneas a partir das contribuições da filosofia pós estruturalista de Deleuze e Guattari onde entendemos as cidades como uma rede/rizoma de subjetividades heterogêneas, não lineares e sem unidade, da Teoria dos Sistemas de Ludwig von Bertallanfy, com contribuições mais específicas do sistema aberto, entropia e cibernética e da computação ubíqua de Mark Weiser, chamada aqui de tecnologia onipresente.

CIDADES CONTEMPORÂNEAS E FUTURAS  

As cidades contemporâneas e futuras, futuras aqui entendidas como cidades que se atualizam a todo o momento, onde se torna impossível a delimitação entre o agora e o devir, são caracterizadas por multiplicidades, ambientes em constante mutação onde desejo individual e coletivo combina­-se e modifica­-se simultaneamente por estarem imersos em um ambiente dinâmico e complexo, fruto de agenciamentos, intensidades, episódios imprevisíveis, conexões e sobreposições das mais diferentes escalas e naturezas.  Já o planejamento moderno, produziu espaços rígidos, padronizados, setorizados em funções, que evitavam a diversidade e sobreposições, limitando­-se em suas bordas pelo o fato de seu sistema não considerar mudanças posteriores. Esse modelo vastamente difundido no século XX, que optou por ignorar o aspecto dinâmico tanto da cidade quanto da tecnologia, ainda orienta as práticas urbanísticas.  Estamos inseridos em um ambiente onde a tecnologia constitui outra camada da cidade e nos ajuda a compreender a noção de território, podendo ser relativo tanto a um espaço vivido, quanto a um sistema percebido no qual nos sentimos em casa, articulando aos outros existentes e aos fluxos.  Como exemplo de territórios que se configuram de forma diferente para cada indivíduo da cidade o projeto Amsterdam REALTIME equipou cerca de 60 residentes com GPS’s que traçaram seus movimentos num período determinado. Podemos ver como o movimento de cada um no tempo forma um novo mapa de fluxos relativo a cada usuário e ao fim a combinação de todos.

PROCESSOS EMERGENTES EM AMBIENTES COMPLEXOS E REATIVOS

O entendimento das cidades como manifestação de emergência (sistemas dinâmicos, complexos, adaptativos, auto­organizáveis) é algo muito falado na contemporaneidade, mas facilmente identificado em assentamentos tradicionais e informais, como as favelas. O indivíduo como componente base da multidão, da inteligência coletiva, é ativador dos processos emergentes, o negociador no micro espaço, chamado espaço dos acontecimentos, como na Instant City proposta pelo Archigram. Essa cibercidade chega em cidades periféricas trazendo a dinâmica temporária de grandes metrópoles através de eventos com suporte tecnológico, produzindo um outro tempo e permitindo infiltração de outras dinâmicas, estabelecendo novas conexões por onde passa, deixando rastros. Trata­-se de uma infraestrutura leve que promove interação entre indivíduos e de um espaço que emerge dos acontecimentos. A partir do entendimento de que cidades e softwares mostram uma lógica similar de emergência, discute­-se a utilização de tecnologia digital para modelar cidades. O processo metodológico computacional adotado pelo Kokkugia, rede de arquitetos australianos, na requalificação das docas de Melbourne, na Austrália, se dá através de agentes que auto­-organizam a matéria urbana e que criam redes de circulação e infraestrutura através da programação da chamada inteligência coletiva, ou swarm intelligence. Contudo o nosso foco está na onipresença da tecnologia como mais uma camada do urbano compartilhado, uma infraestrutura leve e agenciadora do espaço.   

ENTROPIA, SATURAÇÃO E URBANO COMPARTILHADO

A noção de entropia problematiza as noções de saturação e congestão nas cidades, entendendo-­se que todo sistema sofre deterioração podendo chegar à entropia máxima, já que esta mede o grau de desordem, no sentido de interação, chegando a uma movimentação tão grande que culmina em um estado de paralisação. As situações de congestão ocorrem através da sobreposição de diversas atividades simultâneas que ao aglomerar­-se e atingirem um alto nível podem levar à saturação, estado de paralisação no urbano compartilhado, definido pelo compartilhamento de recursos urbanos, tais como praças, ruas, parques, rios, ferramentas e infraestrutura, além de práticas cotidianas nesses mesmos espaços. Assim como na física, o estado de equilíbrio alcançado com a auto­ regulação através de entradas e saídas num processo de realimentação do sistema, também pensamos o urbano compartilhado quando saturado, trocando informações em tempo real, buscando linhas de fuga para reequilibrar o sistema, com a utilização de aplicativos por exemplo. Equilíbrio aqui não diz respeito a estabilidade mas sim a interação constante do sistema.   Assim, o compartilhamento urbano surge como possibilidade de planejamento contemporâneo tomando partido da falta de linearidade do sistema aberto e suas rupturas, atuando em situações de saturação urbana tão recorrentes. A viabilidade desses compartilhamentos depende de agenciamentos que atuam na multiplicidade agindo nas esferas macro e micro política podendo combinar dispositivos tecnológicos e estratégias tradicionais, como fez o Centro de Operações Rio (COR). Através de informações fornecidas pelo aplicativo Waze, plataforma colaborativa de monitoramento disponível em smartphones com GPS, é possível visualizar o fluxo do tráfego em tempo real. A parceria do COR e a integração com o sistema de câmeras do Geoportal possibilita definir a área de atuação dos agentes de trânsito, como uma infraestrutura leve que faz a distribuição dos recursos, o chamado urbanismo leve. O conceito de “shared space” através da remoção de sinalização de tráfego, proposto pelo engenheiro de tráfego holandês Hans Monderman modificou o planejamento de transporte. Motoristas e pedestres passaram a negociar o espaço de locomoção através da interação e reação tornando as cidades mais seguras sem o controle, pois motoristas passaram a ter mais atenção nas pessoas reduzindo acidentes e diminuindo a velocidade do tráfego.   

 ESTUDOS DE CASO: OURO PRETO E LAUSANNE

 Os estudos de caso, escolhidos a partir da graduação em Ouro Preto e estágio de seis meses em Lausanne são focados em atividades urbanas sujeitas às dinâmicas de congestão e saturação para se dar visibilidade através de diagramas topológicos. As cidades apresentam características comuns: localizadas em regiões de topografia acidentada, presença de instituições de ensino fundamentais para a economia que dinamizam processos urbanos, como acesso à moradia para uma população flutuante, acontecimento de grandes eventos de escalas e temas distintos e importantes centros históricos tanto pela questão patrimonial quanto principalmente pela imensa demanda devido aos seus usos variados, que definiram a delimitação da área de estudo já que nosso foco é o estado saturado, e passam ainda por um processo similar de expansão que exigiu a análise de outras áreas. Ouro Preto possui duas centralidades: centro histórico aglutinador de funções com atividades comerciais, de serviços e lazer reforçado pela presença de museus e igrejas, donde o estado saturado é facilmente percebido em eventos de grande porte, durante todo o ano que convergem grande parte dos recursos urbanos para um acontecimento específico, como o Carnaval universitário. E Bauxita, marcados pelo crescimento relacionado à ocupação de estudantes que buscam a proximidade ao IFMG e à UFOP. Essa área de expansão carrega uma infraestrutura que a área central e turística não comporta, atuando como uma linha de fuga à congestão urbana.  O estado saturado é observado em situações cotidianas de menor escala através do plano de mobilidade inadequado e ineficiente perigoso para os pedestres e para o próprio patrimônio arquitetônico. Os táxis lotação, as caronas solidárias configuram se como meios alternativos integrados à cidade, os quais ajudam a desafogar o trânsito através do compartilhamento de uma infraestrutura coletivamente disponível, assim como as repúblicas. Entretanto, não demonstra aplicação de agenciamentos eficazes no urbano compartilhado devido às situações que geram paralisação do seu sistema. Projetos e ações inovadoras que buscam melhorias como o plano de mobilidade, a proposta da Startup LocateBus com a implantação de GPS e controle da frota de ônibus em tempo real e a Rede de mobilização social Minha Ouro Preto ainda estão em processo e demonstram a busca por uma cidade mais conectada e colaborativa.    Lausanne capital política do Cantão de Vaud e capital olímpica mundial apresenta uma população flutuante marcante, principalmente pelo enorme quantidade de estrangeiros. Devido à presença das universidades UNIL e EPFL o pico de chegadas ocorre no mês de setembro, donde se torna extremamente difícil conseguir moradia. Por isso a migração para regiões adjacentes, como linha de fuga à saturação habitacional, além do compartilhamento como solução, através das colocations, similares às repúblicas.  O bairro centro é a principal centralidade com crescimento moderado devido aos movimentos de expansão. A área é predominante mista de alta densidade com considerável zona histórica, aglutinadora de atividades comercial, serviços, negócios variados, hotelaria e forte densidade habitacional.  Durante a semana o tráfego pendular de casa para o trabalho/ educação e vice versa constitui o primeiro motivo de deslocamento, o lazer destaca se na somatória final. Tratando se de um centro empresarial, os deslocamentos com destino à cidade originam se de dentro da mesma e de outros distritos e cidades, gerando certa aglomeração em frente à estação central e conflitos entre pedestres e motoristas. Contudo, a mobilidade urbana é eficiente com zonas de pedestres e através de uma infraestrutura urbana e rede de transporte público conectado atualizável em prol do usuário. O car­sharing combina a pontualidade do transporte ferroviário com a flexibilidade do carro, e existem projetos paralelos que aprimoram a mobilidade, como o BestMile que opera frotas heterogêneas de veículos por operações em tempo real baseadas em localização e algoritmos otimizadores.  O turismo possibilita mais de um milhão de pernoites no setor de hotelaria, e é ainda  favorecido pelas numerosas atividades culturais, esportivas e lazer, pelo desenvolvimento do comércio e da vida noturna.   Vários aplicativos disponíveis para os mais diversos fins encontram se integrados ao estilo de vida da população, como o da Ferrovia Federal Suíça e do Transporte Lausanne que além de fornecer informações referentes às alterações no trânsito e problemas técnicos integra se aos eventos, reprogramando a rota com antecedência e informando os usuários. Para complementar a eficácia da utilização desses aplicativos existem pontos de Wifi gratuito nos principais espaços públicos da cidade.

DA ESCOLHA À VISUALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS

A partir de similaridades e peculiaridades que aproximam os estudos de caso, mesmo em se tratando de configurações urbanas muitos diferentes, principalmente nas ações que gerem as atividades urbanas, pudemos destacar algumas variáveis relativas às dinâmicas e processos que podem ocasionar situações de congestão e saturação, sendo elas: mobilidade urbana, relativa ao sistema de circulação e meios de transporte; uso, com foco na capacidade e dinâmica do uso habitacional e hospedagem,através de movimentos demográficos também e; grandes eventos, que atraem público considerável modificando atividades cotidianas.  Métodos dinâmicos e interativos de construções de mapas e visualizações, transpondo os limites tradicionais de representação cartográfica, através de uma constante realimentação de dados já vem sendo desenvolvidos, como:   

TRANSPONDO OS LIMITES TRADICIONAIS DA CARTOGRAFIA: VISUALIZAÇÃO E  REALIMENTAÇÃO DE DADOS

O pulso das cidades, realizado através de dados coletados do aplicativo Foursquare durante um ano com a pulsação de atividades em um dia, divididas por cores como mostra o vídeo, onde pontos referem­se a um único check­in e linhas a check­ins sequenciais.  Através do API de integração do Twitter foram coletados por um internauta termos referentes às manifestações sobre o passe livre e demais reivindicações durante 24 horas.O resultado da visualização gerou conclusões sobre mobilizações virtuais e conexão de certos grupos a movimentos sociais, vandalismo ou canais colaborativos.   Um grupo de pesquisadores de diversas universidades no mundo ao criticar dados do censo, incapazes de mostrar a variação da densidade e dinâmicas urbanas populacionais no tempo, criou um método de mapeamento dinâmico populacional utilizando dados de telefones celulares cedidos por um acordo com a operadora de telefonia móvel Orange France e compararam aos dados recenseados, mostrando a possibilidade de incorporar esta ferramenta à logística de censos e pesquisas. As corporações possuem diversas ferramentas de processamento de dados através de algoritmos complexos que realizam buscas e encontram as principais tendências e produtos para seus usuários. Os API’s de integração permitem a utilização da base de dados de certas corporações, porém os dados fornecidos são controlados e disponibilizados na medida em que realimentem o banco de dados das mesmas.

MÉTODO DE CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DOS DIAGRAMAS

A metodologia de coleta de dados partiu de dados disponíveis em relatórios e pesquisas sobre as variáveis escolhidas, porém muitos deles não foram facilmente conseguidos e a coleta de campo foi necessária devido à inexistência ou indisponibilidade em certos casos, pois os megadados são restritos às corporações e os microdados ao poder público e à própria academia. Existe ainda uma diferença de disponibilidade nas duas cidades, em Lausanne o acesso é disponível na rede devido a uma gestão transparente marcada por ações contínuas no sistema urbano, já em Ouro Preto o acesso é dificultado uma vez que informação é poder e a gestão urbana deficiente não pode perder o controle dessa informação enquanto medidas não são tomadas. O software escolhido para dar visibilidade aos dados e espacializá­-los no meio urbano, transformando números em diagramas topológicos foi o Grasshopper, plug­in do Rhinoceros, ferramenta de modelagem parametricamente flexível que possibilita o desenvolvimento de algoritmos de design paramétrico para criar modelos dinâmicos e relacionados a informações que podem variar. A base para construção dos diagramas foram as divisões censitárias e estatísticas da área central das duas cidades, contudo para a análise da mobilidade urbana em Ouro Preto utilizou­-se o zoneamento viário realizado pelo Instituto Rua Viva, por abranger uma área maior, e tomando esta variável como exemplo, os passos para implementação do algoritmo são os seguintes: seleciona­-se os polígonos das zonas em ordem de coleta de dados e encontra­-se seus centros geométricos. Esses pontos são movidos na coordenada Z, definida pelos valores coletados resultando em um dos inputs da superfície de bézier, outro input são as células do diagrama Voronói, criado pelos centros geométricos, cujo raio de abrangência foi definido de acordo com cada variável. As outras duas entradas, flexibilidade e número de vãos, são constantemente modificadas adaptando­-se a cada variável,controlando a curvatura da superfície a qual é transformada em malha e desconstruída em componentes para que o gradiente de cores seja aplicado à outra malha criada a partir dos vértices e faces dessa primeira. O  gradiente possui um limite mínimo e máximo e um parâmetro definido pela desconstrução dos vértices da primeira malha em coordenadas X, Y, Z, porém a Z que interessa na criação do gradiente para diferenciar o topo das topologias das partes mais baixas, através de um domínio numérico com a lista de valores de Z. Esse domínio é desconstruído para encontrar seu início e fim estabelecendo o limite mínimo e máximo do gradiente.   Os diagramas de mobilidade urbana em Ouro Preto foram criados a partir dos dados de número de chegadas e partidas no maior horário de pico (entre 17h e 19h) para o modo individual motorizado e em um dia útil para o modo coletivo, por isso as topologias nesse modo são mais acentuadas. As zonas utilizadas são as contidas no distrito sede (1 a 15), sendo que a 15 foi excluída no modo individual e a 8 no coletivo por possuir número irrelevante de dados que dificultam a formação dos diagramas.  Dessas visualizações identificamos a Bauxita como área de expansão dotada de recursos e infraestrutura pela proximidade com os grandes equipamentos educacionais, Santa Casa, supermercado e outros serviços, gerando grande fluxo de deslocamentos. O número de chegadas no Centro mostra como é ainda o principal destino de moradia, além de manter o alto número de partidas em ambos os modais devido a sua multifuncionalidade e conexões com as outras áreas da cidade, o que justifica seu uso e procura pela população moradora e flutuante.  Uma vez que os dados representam movimentações dentro da própria zona e entre zonas identificamos o centro como principal destino de todas as outras e o maior número de passageiros dessa área se desloca dentro da mesma e os que partem se destinam em sua maioria à Bauxita.   Os deslocamentos nas zonas periféricas no modo coletivo são maiores, já no modo individual motorizado, mantêm­-se estáveis e em menor número, o que auxilia na identificação da renda populacional nessas áreas.  O pico de chegadas na área central vaza para fora do diagrama e precisou ser corrigido manualmente uma vez que o algoritmo calcula o ponto mais alto do pico, mas a superfície de bézier não consegue ser formada, porque depois de realizada a divisão espacial, a célula de voronói correspondente à área central torna­-se muito pequena em relação ao volume de dados. Na prática mostra a saturação, pois se trata de uma área muito pequena recebendo pessoas de todas as áreas com um volume de deslocamentos extremamente maior que as outras zonas, enquanto que na Bauxita os deslocamentos, apesar de muitos, não se concentram exclusivamente no horário de pico.   Os diagramas de capacidade de moradia e hospedagem de 48 repúblicas federais e particulares possibilitam uma análise mais pontual dentro da área de estudo. Percebemos maior concentração na Paraná, o pico na Praia trata­-se de duas repúblicas federais juntas, em andares diferentes. No carnaval a capacidade de hospedagem é visivelmente multiplicada e aumenta tanto que mais uma vez identificamos o mesmo comportamento da superfície de bézier em não conseguir formar­-se devido à altura do pico muito maior que a área ocupada por uma república da Paraná na divisão espacial, o que pode ser encarado como analogia ao processo de aglomeração: o compartilhamento da infraestrutura coletivamente disponível é multiplicado potencialmente afetando outras atividades urbanas, como o abastecimento de água e mobilidade urbana. Dessa forma as repúblicas assumem uma abrangência muito maior que sua formação inicial por necessidade de usufruir multiplicadamente dos recursos urbanos. Percebe-se que nas regiões Praia, Brejo e Paraná as repúblicas são dominantes quanto ao volume de hospedagem, porém nas Lages existe uma quantidade maior de hotéis que, abrangem uma área maior. O caminho perceptível da Rua Direita em direção à Vila é visivelmente marcado por grande capacidade de hospedagem dos hotéis, por serem duas regiões muito próximas da Praça Tiradentes, onde ocorre grande parte dos eventos do carnaval de rua.  Em relação aos grandes eventos, essa topologia mostra capacidade de público em festas de repúblicas no carnaval e da área onde ocorrem as micaretas com volume de público que extrapola o diagrama. A república Quitandinha se destaca por sua localização afastada de outras repúblicas e por sua área de festas duas vezes maior que a maior capacidade das outras. Já na Paraná as curvaturas são mais acentuadas por ser uma área repleta de repúblicas e ter grande capacidade de festa para uma área relativamente pequena.   O Festival MIMO concentra­-se mais na Praça Tiradentes devido aos shows e concertos, eventos que atraem grande público, o CINEOP no Centro e Convenções, pois lá ocorrem diferentes atividades: seminários, oficinas, sessões de filmes e o bar durante a noite. Já para o Fórum das Letras fizemos dois diagramas dois dias mais representativos do evento. De todos eles observamos diversidade de equipamentos culturais na região central que possibilitam os grandes eventos de diferentes naturezas: espaços públicos como a Praça Tiradentes, Largo do Cinema e Praça da UFOP que é parte do Centro de Convenções, este assim como a Tenda da Vale, na estação ferroviária, e o Espaço FIEMG são alugados para eventos específicos. Já o Cinema, e as igrejas São Francisco e Pilar atendem o público local e turístico cotidianamente além de ceder seus espaços para a realização desses eventos, assim como outros museus, bibliotecas e espaços culturais que atraem público turístico como centro ativo cuja infraestrutura é muito demandada. Por isso, observa­-se algumas vezes a saturação desse sistema urbano.  Os diagramas a seguir referem­-se à Lausanne. Esses da mobilidade urbana e suas modalidades de transporte permitem uma representação mais focada na área de estudo e compreensão as dinâmicas internas. A primeira topologia representa a contagem automática por dia de veículos motorizados feita em paradas com sinalização semafórica. Avenue du Léman (maior   pico) e Rue Dr. César­Roux são vias arteriais conectando a região central a municípios   e distritos adjacentes, já os outros dois pontos mais altos, as ruas Grand­Pont e   Centrale, ligam­-se entre as regiões conhecidas como Flon e St.François, que são as   mais movimentadas em todos os modais por concentrarem grande quantidade de   serviços como bancos, correio, escritórios e comércio em geral, além dos atrativos   turísticos.   O diagrama de viajantes diários da linha de metrô m2 e da linha LEB que conecta Lausanne aos municípios do norte, aponta os picos da Gare, por dar acesso a estação ferroviária central que liga Lausanne às outras regiões da Suíça e novamente o Flon, o mais elevado porque além de fazer parte da trajetória da linha m2, a linha LEB   engloba apenas duas paradas na cidade, Chauderon e Flon, das quais este é a   estação de partida/chegada, portanto uma centralidade consolidada e importante   ponto de conexão (21:36)   O fluxo de pessoas em ônibus nas maiores pontes do centro em horário de pico da   manhã, por ser o maior e não média diária como os outros, não permite uma   comparação direta entre os volumes anteriores. Contudo, o relatório Observatoire de la   mobilité 2013 indica que na Pont Bessières o volume de transporte individual   motorizado é muito maior que de transporte público, enquanto que na Pont­Chauderon   a diferença é menor e na Grand­Pont o modo coletivo supera o individual.   O fluxo de pedestres em horário de pico da tarde evidencia a importância das estações Flon e Gare como interface de deslocamento de pedestres. Já o fluxo diário de ciclistas mesmo muito menor que os outros meios dobrou nos últimos 12 anos.   As distâncias percorridas em transportes individuais motorizados são menos importantes em Lausanne, visto que são cobertos por outros meios.
As topologias a seguir referem­-se à movimentação demográfica entre os 10 setores   contidos na área de estudo e a porcentagem de ocupação dos hotéis durante o ano   dos quais nota­-se que em St. François onde se localiza a Rue Centrale o número de movimentações demográficas é muito superior e mais chegadas que de partidas. No total, as movimentações nessa região como um todo são maiores que de todas as outras, o que mostra que mesmo que a população cresça devido ao maior número de chegadas, muitas pessoas se deslocam para outras áreas de Lausanne, enquanto mais pessoas chegam, marcando a dinâmica da população flutuante. A ocupação dos   hotéis mostra que as movimentações são mais intensas no terceiro trimestre devido ao   calendário acadêmico, uma vez que grande parte da população é estrangeira e precisa   se hospedar em hotéis quando de sua chegada. Por causa das movimentações entre setores essa área embora congestionada não se satura,mesmo concentrando maior   parte do núcleo histórico com sobreposição de usos e infraestruturas que fazem deste   setor o mais demandado, assim como em Ouro Preto.
O último conjunto refere-­se ao número de visitação de dez museus e espaços de exposição na área central relacionados a eventos que convergem público para as exposições, desses dez o Palais de Rumine, em Riponne, agrupa cinco por isso o pico mais alto. A primeira topologia mostra o volume de visitantes durante o evento La Nuit des Musées, que ocorre em um dia do mês de setembro. Os seguintes mostram respectivamente o número de visitação durante os trimestres do ano de apenas oito desses museus, donde se percebe que a diferença de visitação entre um dia de grande evento e durante os trimestres não é tão grande, provando que eventos como esse atraem quantidade expressiva de público que usualmente não freqüenta museus e exposições.   O terceiro trimestre possui os maiores picos, inclusive o referente ao Palais de Rumine apresenta o mesmo comportamento em relação à formação da superfície de bézier que não conseguiu ser formada e extrapola o diagrama porque a contagem de público de La Nuit des Musées está contida e ainda ocorre outro evento em setembro, a Journée Du Patrimoine, que reúne vários museus. O Festival BD­Fil também em setembro acontece no Espace Arlaud, o que colabora para maior número de visitantes no total.   Dos outros trimestres o primeiro é maior devido a outros eventos de menor porte, como o Ciné au Palais, no Palais de Rumine no mês de fevereiro e o Pakomuzé, em abril, confirmando a influência desses eventos.

CONCLUSÃO

Pela análise dos diagramas concluímos que mesmo com picos muitos altos em Lausanne, como na movimentação demográfica, podemos afirmar pela análise que as atividades urbanas levantadas são mais distribuídas e melhor divididas espacialmente na cidade suíça, devido ao planejamento que prevê agenciamentos integrados ao sistema urbano e que são assimilados e melhorados pela inteligência coletiva, os quais relacionam projetos de melhorias e obras urbanas com o urbanismo leve, que agencia espaços e coisas por meio da tecnologia como mais uma camada do ambiente, através dos aplicativos, do georreferenciamento que permite informações em tempo real e compartilhamentos diversos que foram abordados, um processo contínuo de retroalimentação entre gestão pública e inteligência coletiva.   Já em Ouro Preto as práticas que visam agenciamentos espaciais ainda encontram­-se muito isoladas refletindo no resultado dos diagramas que em sua maioria permitiram   identificar processos congestionantes e de saturação.   Esses diagramas topológicos auxiliaram na interpretação dessas atividades, contudo são representações ainda limitadas diante da dinamicidade das cidades contemporâneas que precisam de técnicas tão dinâmicas quanto para ser capazes de representar sua constante mutação, por isso são parte de um processo a ser melhorado através de curvaturas que se modificam instantaneamente. Para tanto é importante ressaltar que visualizações mais dinâmicas como ferramenta de negociação da inteligência ou até mesmo a ser incorporada pelo poder público para uma gestão mais eficiente do urbano compartilhado dependem da fonte e volume de dados.   Os dados que utilizamos são marcados pela delimitação de interesses daqueles que produziram os relatórios e pesquisas, impedindo uma abordagem mais abrangente, por isso dados corporativos e do poder público são importantíssimos para o design de situações, elaboração e atualização constante de diagramas para análises urbanas que possam contribuir com políticas públicas e agenciamentos que busquem reverter quadros de saturação e paralisação nas cidades.

quarta-feira, 11 de maio de 2016










Amanda Carvalho, estudante de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Ouro Preto, ao inscrever seu TCC para o Prezifique sua Tese, foi a ganhadora com 15.375 e ganhou uma viagem a São Francisco. Após sua visita ao Vale do Silício, ela compartilha sua experiência e nos conta a reviravolta na sua vida durante este tempo.
E foi dada a largada

Antes de inscrever seu tcc para o concurso, muita coisa em sua vida aconteceu.

Mas ela não deixou a peteca cair, colocou todo seu empenho e expectativas em seu TCC. E ao saber do concurso nos conta que pensou “eu vou ganhar o concurso da Prezi e o meu tcc vai me levar ao Vale do Silício! Levou e trouxe muito mais na bagagem.”

Além, de enviar seu TCC prezificado, Amanda criou uma estratégia de divulgação, e utilizou de todos os recursos possíveis para compartilhar seu trabalho e sua dedicação.

Com a concorrência acirrada Amanda criou a campanha viral “Brasil no Vale do Silício” que foi publicado em matéria da INFO, o que fez com que a campanha começasse a tomar proporção nacional. A partir desse momento a publicação já tinha se espalhado em todas as universidades do país e em grupos com propostas afins.

“O grupo de mobilização criado foi o pilar para a continuidade da campanha, as pessoas se envolveram tanto que tomaram a ideia como delas em um nível de mobilização que eu não imaginava.”
Por uma brasileira no Vale do Silício

Finalmente, a viagem tão esperada chegou, Amanda chegou a grande São Francisco, e foi visitar nosso escritório da Prezi.

“A história, o espaço e estilo de trabalho da Prezi foi inspirador. Conheci dois dos três fundadores o Peter Arvai e o Adam Somlai-Fischer, que é arquiteto, assim como eu e fiquei muito feliz por essa "coincidência". Identifico-me ainda mais com o fato de Adam ter criado sua própria ferramenta de apresentação para conseguir mostrar a essência do seu trabalho.O Prezi foi realmente essencial para apresentação da minha banca : um trabalho com tema dinâmico precisava de uma ferramenta dinâmica.”

Amanda, ainda teve oportunidade de visitar outras empresas no Vale como a Trifacta, e o Zendesk, no qual ficou encantada com o espaço e a cultura de trabalho.

“A empresa além de prezar pelo conforto e qualidade de vida de seus membros é um ponto central para empresários locais e residentes ao emprestar seus espaços para a comunidade.”

E por um reencontro da vida, pode rever um amigo de intercâmbio que lhe proporcionou a visita em uma das grandes firmas de design e arquitetura, a Gensler.
Uma bagagem cultural que vai levar pra vida

Maravilhada com sua experiência, e podendo conhecer de perto o estilo de vida e trabalho em São Francisco e os pontos turísticos dessa incrível cidade, e como arquiteta agora formada ela nos conta:

“O compartilhamento de espaços nos escritórios e pessoas de diversas áreas atuando em empresas de tecnologia no Vale do Silício, algo que sempre me interessou e que estou ainda mais ligada ultimamente, abriu meus olhos para vários caminhos possíveis na minha área ou em áreas afins, além de ampliar meu networking.” nos conta Amanda “Ainda estou digerindo tudo que pude vivenciar e o turbilhão de ideias que brotaram na minha cabeça desde então. Uma experiência dessas no contexto em que tudo aconteceu move a gente pra frente em busca de nossos ideais e novas vivências.”



Por: Nicole Chufi 13 de Abril, 2016

Retirado de : http://blog-pt.prezi.com/latest/2016/4/13/prezifique-sua-tese-amanda-no-vale-do-silcio

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

FINAS ONLINE

A ideia era criar uma rede colaborativa que facilite a pesquisa e estudo dos alunos, assim como conhecer muito do que já foi produzido.

Portanto criei o FINÁRIO ONLINE da Arquitetura e Urbanismo UFOP: http://minhateca.com.br/FINAS.ONLINE pelo site Minhateca em que cada pessoa cadastrada recebe 50MB de transferência semanal para poder baixar arquivos. Além disso, uma forma de conseguir maior saldo de transferência é conseguindo pontos e convertê-los em capacidade de download. Contudo, 50MB por semana é suficiente, vai depender do arquivo e todos começam com 1000.

O objetivo era que todos os alunos começassem a usar e colaborar, assim como divulgar, que fosse O MEIO de troca de arquivos ao invés de apenas enviar individualmente para um amigo pois lá ficará arquivado.

Hoje o FINAS.ONLINE possui:
De onde surgiu a ideia?


Eu sempre gostei de compartilhar experiências e conhecimento, não atoa tenho fiz esse blog que fala muito da minha vida acadêmica que já impactou algumas pessoas. Uma vez pensaram em compartilhar arquivos no dropbox, mas sabemos que ele é limitado. Muitas pessoas até hoje vem me pedir arquivos de várias coisas, e eu gasto um certo tempo até achar e enviar, o que faz dessa ideia além de potencial uma solução pra um problema meu que é: parar tudo que eu estiver fazendo pra ajudar alguém, agora será simplesmente enviar um link (não em todas as situações, mas o próprio blog tornou-se mais útil a partir do momento que parei de repetir as informações e só canalizei tudo lá pra todos:)


Porque somente da arquitetura e urbanismo UFOP?


Esse é meu primeiro passo, e minha primeira grande rede de contatos, também o grupo no qual eu tenho mais a compartilhar.


Como divulgar?

Fiz um vídeo tutorial para manter a organização enquanto eu acreditava que somente eu podia criar pastas.




Durante 30 dias coloquei um post referente ao FINÁRIO ONLINE no grupo geral de arquitetura com mais de 500 membros. Divulgando a ideia, mostrando o que tinha de novo e chamando a galera pra colaborar em algo específico. Cada dia o foco era diferente e o FINÁRIO já está abrindo caminhos pra transdisciplinaridade, verifiquem a diversidade das pastas.






Como obter autorização adicional e poder criar pastas.



Como expandir?

Depois que esse grupo estiver bem consolidado com grande número de cadastrados contribuindo a ideia é usar esse grupo como exemplo para que outros administradores criem os grupos dos seus cursos porque eu não tenho conhecimento de todos os cursos por isso é melhor que seja organizado por alguém de dentro.



Como manter a organização? 
Além do vídeo explicativo peço que utilizem essas informações antes de começar a colaborar:http://minhateca.com.br/FINAS.ONLI…/1-+VEJA-ME+ANTES+DE+USAR

A ganhadora do Prezifique sua Tese é .... Amanda Carvalho

"Prezifique a sua Tese promoveu a seleção dos melhores TCCs da América Latina, Espanha e Portugal e a brasileira Amanda Carvalho, graduanda do curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Ouro Preto foi a grande vencedora, com 15.375 votos. Amanda competiu com outros 254 trabalhos também desenvolvidos em Prezi. "


Release das publicações sobre o resultado oficial do concurso:
Nota oficial: http://view.mail1.prezi.com/?qs=266bd510c58010b7c42a49320781e4c6a80e4de0c96d61e9ae93c59a2ecbe084b2ce2012f0ccea1d0a92cf9c91a9fee3c1c31144453503feac8fbbe4617b5a7ede5cfa7ecc25b861

EXAME:
http://exame.abril.com.br/…/estudante-brasileira-vence-conc…
INFO:
http://info.abril.com.br/…/estudante-brasileira-vence-concu…
RÁDIO UFOP EDUCATIVA:
https://www.youtube.com/watch?v=BVwDeKTrk1U&feature=share
CORREIO BRAZILIENSE:
http://www.correiobraziliense.com.br/…/estudante-brasileira…
IDG NOW:
http://idgnow.com.br/…/estudante-brasileira-vence-concurso…/
TI BAHIA:
http://www.tibahia.com/tecnologia_info…/conteudo_unico.aspx…
SITE OFICIAL DE OURO PRETO:
http://www.ouropreto.com.br/…/estudante-da-universidade-fed…



Outros:
http://www.computerworld.com.pt/…/estudante-brasileira-ven…/
http://eexponews.com/estudante-brasileira-vence-concurso-gl…
http://www.gamevicio.com/…/220664-estudante-bras…/index.html
http://rafatutoriais.com/estudante-vence-concurso-da-prezi…/
http://www.dihitt.com/…/estudante-brasileira-vence-concurso…
http://www.msn.com/…/estudante-vence-concurso-da…/ar-AAebwpx
http://cidadesdomeubrasil.com.br/busca/estudante_ouro_preto

O que participar do Labx trouxe pra mim

O que é o Labx?

Programa de desenvolvimento de lideranças para jovens que querem agir grande e transformar o Brasil.

Participei do Labx em São João del Rei esse ano quando estava terminando meu tcc. Foi a partir dessa experiência que participar do concurso Prezifique sua tese que promoveu a seleção dos melhores TCCs da América Latina, Espanha e Portugal e obter 15.375 votos garantindo o primeiro lugar dentre 254 trabalhos e ganhar uma viagem para o Vale do Silício fez toda a diferença pra mim. No labx tive a oportunidade de respirar empreendedorismo e criar uma rede de contatos de gente MUITO BOA, que inclusive me ajudou muito na campanha marcada pela hastag #BrasilNoValeDoSilício.

Fiquei sabendo do concurso através da idealizadora do projeto Formei, e agora?, que cursou Arquitetura e Urbanismo comigo na UFOP, e que também participou do labx, só que em Ouro Preto. Esse projeto da Luiza Miranda Negri também surgiu como fruto do salto individual da mesma ao participar do labx. Atualmente a página possui mais de 12.000 curtidas e conta histórias inspiradoras dos caminhos possíveis depois da graduação.

O trabalho de conclusão de curso era a única disciplina que faltava para eu cursar na faculdade, e resolvi voltar para minha cidade natal para concluí-lo. Durante esse tempo as pessoas com quem tive contato me viam sempre estudando, algumas perguntavam se era só isso que eu estava fazendo. Bem, não era só isso, mas a maioria delas não tinha noção de como essa é uma fase um tanto quanto assombrada para a maioria dos estudantes e eu tentei realizar esse trabalho da melhor forma possível e colocar todos os meus esforços, conhecimentos e expectativas no mesmo. Outras pessoas me perguntavam o que esse esforço poderia me trazer. Na época eu não sabia exatamente, mas foi quando vi nesse concurso a possibilidade de fazer meu esforço e meu tcc me levarem a algum lugar.


Depois de passada a tensão com entrega do caderno de tcc, dos pôsteres e apresentação para a banca avaliadora veio o início do concurso. Desde o início me mantive entre os dois primeiros lugares divulgando meu trabalho para toda a rede de contatos que tinha (São João Del rei, UFOP e ex-alunos, Comunidade Labx, IAESTE Brasil e Suíça, e DIA (Dessau International Architecture - Alemanha). Essa rede de contatos me rendia uns 100 votos por dia e começou a se alastrar com divulgações em páginas e sites, ainda locais. Quando eu estava com cerca de 1000 votos e com uma vantagem boa para o segundo colocado, algo começou a mudar, e uma candidata de outros país começou a despontar. Nesse momento vi a necessidade de expandir a campanha a nível nacional, foi quando fiz o vídeo: Por uma brasileira no Vale do Silício

que foi publicado em matéria na EXAME , o que fez com que a campanha começasse a tomar proporção nacional. Nesse momento eu já estava publicando em todas as universidades do país e em grupos com propostas afins, o que garantiu cerca de 4000 votos em um dia, mas incrivelmente a outra candidata também não parava de subir. Criei evento no facebook e por fim um grupo de mobilização chamado Brasil no Vale do Silício que chegou a reunir mais de 15.000 pessoas contando com a contribuição de todos no grupo que foram adicionando seus amigos. Esse grupo foi o pilar para continuidade da campanha, as pessoas se envolveram tanto que tomaram a ideia como delas em um nível de mobilização que eu não imaginava. Conseguiram publicações em diversas páginas, contavam comigo cada voto, propunham várias ideias, mandavam em todos os grupos possíveis. Foram 15 dias vivendo em função desse concurso, mas só consegui respirar quando todas essa pessoas começaram a se mobilizar e dividir esse ideal comigo, viralizando a campanha. Foi cansativo e emocionante, acima de tudo gratificante mobilizar tantas pessoas e isso com certeza mudou a minha vida, aprendi muito sobre divulgação, mobilização e motivação. Além da página Formei, e agora?, outros frutos do labx me deram grande apoio desde o início como o Sonhapp (São João del Rei), que aplica ações para realizar o sonho grande de jovens no Ensino Médio e a Rede Minha Ouro Preto, rede de mobilização integrante da "Minhas Cidades", da qual utilizei uma das ferramentas para minha campanha, o "compartilhaço ".

O resultado está aí, meu trabalho nesse momento possui 143734 visualizações, o qual pode ser visto em: https://prezi.com/sgl1hla9ndt_/da-saturacao-a-negociacao-no-urbano-compartilhado/?utm_campaign=share&utm_medium=copy

Todas as matérias que saíram sobre: http://arquitentandoamandacarvalho.blogspot.com/2015/10/a-ganhadora-do-prezifique-sua-tese-e.html

A expectativa para conhecer o Vale do Silício foi  muito grande. No blog da Prezi eu contei  como foi essa experiência: https://blog.prezi.com/pt-br/prezifique-sua-tese-amanda-no-vale-do-silicio/

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Talvez só possamos colocar a questão O que é a filosofia? tardiamente...



"Talvez só possamos colocar a questão O que é a filosofia? tardiamente, quando chega a velhice, e a hora de falar concretamente. De fato, a bibliografia é muito magra. Esta é uma questão que enfrentamos numa agitação discreta, à meia-noite, quando nada mais resta a perguntar. Antigamente nós a formulávamos, não deixávamos de formulá-la, mas de maneira muito indireta ou oblíqua, demasiadamente artificial, abstrata demais; expúnhamos a questão, mas dominando-a pela rama, sem deixar-nos engolir por ela. Não estávamos suficientemente sóbrios. Tínhamos muita vontade de fazer filosofia, não nos perguntávamos o que ela era, salvo por exercício de estilo; não tínhamos atingido este ponto de não-estilo em que se pode dizer enfim: mas o que é isso que fiz toda a minha vida? Há casos em que a velhice dá, não uma eterna juventude mas, ao contrário, uma soberana liberdade, uma necessidade pura em que se desfruta de um momento de graça entre a vida e a morte, e em que todas as peças da máquina se combinam para enviar ao porvir um traço que atravesse as eras..."
Gilles Deleuze e Félix Guattari


"os filósofos não devem mais contentar-se em aceitar os conceitos que lhes são dados, para somente limpá-los e fazê-los reluzir, mas é necessário que eles comecem por fabricá-los, criá-los, afirmá-los, persuadindo os homens a utilizá-los. Até o presente momento, tudo somado, cada um tinha confiança em seus conceitos,

como num dote miraculoso vindo de algum mundo igualmente miraculoso" Nietzsche


" mas é necessário substituir a confiança pela desconfiança, e é dos conceitos que o filósofo deve desconfiar mais, desde que ele mesmo não os criou (Platão sabia isso bem, apesar de ter ensinado o contrário...). Platão dizia que é necessário contemplar as Idéias, mas tinha sido necessário, antes, que ele criasse o conceito de Idéia. Que valeria um filósofo do qual se pudesse dizer: ele não criou um conceito, ele não criou seus conceitos?"