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domingo, 20 de janeiro de 2013

Uma carta familiar

Essa carta foi escrita por mim em Agosto de 2011, dias antes de ir para a Alemanha, direcionada à minha família materna:                                                               


     "É difícil saber por onde exatamente começar essa carta. Desde pequena, todos vocês sabem como gosto de escrever e levar para os outros palavras de conforto e esperança, o que é constatado nos inúmeros cartões de Páscoa, Natal e/ou aniversário. No entanto são palavras muito bonitas que em pouco tempo foram esquecidas ou deixadas para serem colocadas em prática DEPOIS. Não faço idéia de quantas horas ou quantos dias gastarei para terminar essa carta familiar pois são muitas coisas que quero escrever e já venho pensando há alguns dias. Depois de pronta sei que ficará extensa e que provavelmente muitos de vocês terão preguiça de ler diante da correria e das futilidades do dia-a-dia. Mas insisto e realmente espero que um pouco do que acredito me fazer uma pessoa melhor a cada dia possa servir de motivação para vocês. Acredito ter encontrado um grande tesouro, mas totalmente sem valor se não compartilhado, pois não é algo material e sim algo que pode se tornar ainda mais valioso com a contribuição de cada um com sua descoberta.
     Para mim a coisa mais maravilhosa que há é poder olhar pra trás e com os meus tão poucos 20 anos e ver que eu mudei muito e para melhor. Ver que um futuro pode ser construído sem pensar nos bens materiais que vou ter. Não mais imagino um carro, uma mansão, fama... Nem mesmo uma família estereotipada, perfeita, porque não existe. Tudo o que espero e conquisto na minha vida só tem sentido quando pensado num todo. Porque ter uma profissão, ser arquiteta? Para ser bem sucedida, ganhar dinheiro e dar boas condições aos meus filhos? É isso que todos falam, todos pensam, desde sempre, mas vou ser sincera, pra mim não é isso. Só consegui ter certeza de uma profissão quando consegui enquadrar o outro, no que poderia fazer para ajudar as outras pessoas. Não sei ainda que rumo da arquitetura irei seguir. São várias coisas que me encantam... Posso exercer a profissão em função de uma questão mais popular e muito provavelmente ganhar pouco, mas o que escolhi não foi me encher de dinheiro e não saber o que fazer com ele, não foi ser famosa... e caso tudo isso venha, será só consequência. Não é mesmo o que busco e caso me indaguem: “essa profissão dá dinheiro?”, responderei que depende do merecimento de cada um (isso vale para todas profissões). E entendam, merecimento vai muito além do quanto devo ganhar. Relaciona-se sim com o que farei com o dinheiro.

     Considero-me uma pessoa feliz e comemoro cada pequena vitória, cada obstáculo vencido agradecendo a Deus. Compreendo que todas as dificuldades pelas quais passo são necessárias para o meu aprendizado e minha evolução espiritual. Sei que não é muito fácil ser resignado. Por muitas vezes perco o controle, me enfureço e até questiono o porque daquilo tudo. Mas me sinto realizada em dizer que com menos de um minuto sentada a refletir sobre a situação, no mesmo instante em que ocorre, já consigo me acalmar e compreender que sou capaz de superar todas as provas que me são enviadas. Se são para mim é exatamente essa resposta do: “Porque eu?”, porque EU devo passar por isso e agradecer a Deus a oportunidade de reparar algum erro com essas experiências. Isso se enquadra em um dos pontos que considero ter evoluído no meu processo de reforma íntima.

     “Podes contar  com Deus na situação de todos os teus problemas, entretanto, não te esqueças de que Deus conta contigo em todos os seus caminhos”. Sei que sou uma pessoa muito ansiosa e impaciente e tenho percebido como Deus age em minha vida para testar cada vez mais esses meus defeitos, e assim vou me tornando uma pessoa mais calma. Como aprender se não assim? Não reclamem os problemas a Deus! Eles são todos seus! Agradeça a Ele a oportunidade que nos dá de aprender! Não se consumam com a tristeza de suas provações, trabalhem para solucioná-las. Há tantas pessoas com problemas tão maiores, porque achas que os teus são superiores? Ninguém carrega um fardo que não consegue suportar. Essa é a justiça divina de Deus. Se Ele é só amor, tudo que nos dá é oportunidade de vivenciar a felicidade futura. Jesus disse: “Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente haverá combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui.(...) não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz”. Eis aí um dos motivos pelo qual acredito na vida futura e que esse mundo é só passagem para reparação dos nossos erros.

     “Essa criatura que te aflige é o cadinho que te aprimora. Que seria da pedra sem martelo que burile? Não fujas à presença de quem te humilha e fere. Deus que palpita em ti vive também nos outros. Quem te bate ou injuria vem ensinar-te o amor. Ama e serve que, um dia, Deus te libertará”. Somos todos criaturas de Deus. Devemos orar por aqueles que acreditamos estar no erro e não condená-los ou desejar-lhes o mal. Temos plena consciência de que não somos perfeitos e por mais bons que tentamos ser, sabemos que estamos muito distantes da bondade suprema e que mesmo sem querer acabamos por fazer mal até mesmo aqueles que mais amamos. Somos muito diferentes, devemos respeitar a diferença do outro e ajudá-lo com o que temos de melhor, sem esperar recompensa. “Não condene. Ajude o outro. Cultive serenidade. Use os próprios recursos para fazer o bem. Proceda com bondade, sem exibição de virtude. Seja qual for o problema, faça o melhor que você puder. Não admita a supremacia do mal. Fuja de todo pensamento, palavra, atitude ou gesto que possam agravar as complicações de alguém. Ouça com paciência e fale amparando. Recorde que você amanhã, talvez esteja precisando também de auxílio e, em toda situação indesejável, mesmo que o próximo demonstre necessidade de reprimenda, observe, conforme a lição de Jesus, se você está em condições de atirar a pedra”.

     Já quis uma família em perfeita harmonia. Já me espelhei na família dos outros. Já invejei relações de amigos com seus pais e tudo mais. Hoje vejo que cada um tem a família que merece ter. A família é o primeiro e principal grupo de aprendizado e onde devemos receber e aplicar primeiramente nossos conhecimentos. Tudo converge para uma boa edificação em conjunto e trabalho em grupo. Quanto mais problema maiores são as nossas obrigações para com ela e oportunidade de reparação. Então no nosso círculo familiar estão aqueles espíritos que mais nos incomodam, porque com eles devemos aprender. Eis aí a raiz de tantos desentendimentos e antipatias. É difícil enxergar o defeito do outro como componente edificante de sua reparação espiritual, ainda mais quando somos obrigados a conviver com tais seres, como nos proporciona a relação de parentesco. É exatamente neste ponto que tudo se interliga, pois nesse grau de importância que seus membros possuem para conosco impede que desistamos facilmente e estamos sempre em busca de uma harmonia maior. O importante é saber lidar com tudo isso compreendendo o outro. E é por isso que como disse para a Cris: eu ainda me importo, só não me magoo mais! Quanto mais deixamos cada decepção nos abater, mais fraco nos tornamos, e assim consequentemente ficamos mais distantes de completar nossa missão.
     Queria poder explicar sempre tudo que creio e me conforta quando me perguntam ou simplesmente quando me deparo com alguma situação que necessite de uma palavra minha. Por muitas vezes permaneço calada por não saber exatamente como expressar, em meio de tantos ensinamentos, da maneira mais correta. Considero não ter o dom da palavra falada, mais um pouco mais satisfeita com a palavra escrita. E é por isso que lhes escrevo. Não consigo sequer realizar alguma ação no meu dia sem pensar o porque daquilo. Qualquer explicação mundana não me sacia. Creio estar no caminho certo, embora ainda erre muito, mas não é exatamente isso? Esse planeta é de expiação! Busco a felicidade, mas que não se encontrará aqui, então não percam tempo com as coisas do mundo. Nada melhor do que a sensação de estar ciente dos seus erros e ver que aos poucos consigo modificar. Considero essa vida uma oportunidade única de reparação, mas não uma única vida. Se ela fosse uma só, como explicar as aflições, os sofrimentos?
     Jesus interrogou aos seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” – Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” – Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou ?” – Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” – Replicou-lhe Jesus: “Bem aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”.(...) (Mt, 16:13a17, Mc, 8:27a30) ”(Após a transfiguração) Seus discípulos então o interrogaram dessa forma: “Porque dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?” – Jesus lhes respondeu: “É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: - mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprove. É assim que lhes farão sofrer o Filho do Homem.” – Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara.” (MT, 17:10; Mc, 9:11a13)
     Os judeus acreditavam pois na reencarnação, sob o nome de ressurreição, de forma limitada, visto que um corpo a muito deteriorado não pode voltar a vida (O que é cientificamente impossível), porém o Espírito pode habitar um novo corpo. A palavra ressurreição podia aplicar-se a lázaro mas não a Elias, nem aos outros profetas, pois que se João Batista era Elias, o corpo não podia ser o mesmo visto que fora conhecido criança assim como seus pais.
     Jesus disse à Nicodemos: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” (...)” Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. – o que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito – Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasça de novo. – O Espírito sopra onde quer e ouve a sua voz mas não sabes de onde vem ele, nem para onde vai: o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito.” (...) “Se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos falo das coisas do céu?”
Naquela época eles acreditavam que toda a vida vinha da água, por isso o termo renascer da água.   (Jo,3:3.5ª8,12)
     “Ora, desde o tempo de João Batista até o presente, o reino dos céus é tomado pela violência e são os violentos que o arrebatam; pois que assim o profetizaram todos os profetas até João, e também a lei – Se quiserdes compreender o vos digo, ele mesmo é Elias que há de vir – Ouça-o aquele que tiver ouvidos de ouvir”. (Mt, 11:12a15)
     Se em S. João podia interpretar-se a passagem como alegoria não mais acontece nesta pois que: “Ora, desde o tempo de João Batista até o presente” e “Se quiserdes compreender o que vos digo, ele mesmo é Elias que há de vir”, o que entender já que João Batista ainda estava vivo? Que ele era a reencarnação de Elias.
     “Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem essa certeza esta máxima seria um contrasenso, e mesmo com ela dificilmente se compreende a convivência de sofrer para ser feliz. Dizem que para se ter mais mérito. Mas como explica porque sofrem uns mais que os outros? Uns nascem na miséria e outros na opulência? Porque uns nada conseguem enquanto a outros tudo parece sorrir? O que ainda menos se compreende é que homens virtuosos sofram ao passo que maus prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias que parecem desmentir a justiça de Deus e se Ele é o infinito das perfeições, tem todo o poder, justiça e bondade, logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e se Deus é justo, justa há de ser essa causa. Umas têm causa na vida presente, outras fora desta vida.
     As causas atuais derivam do caráter e do proceder dos que suportam os males terrenos. Muitos homens se arruínam por sua própria culpa, vítimas de sua imprevidência, orgulho e ambição, por falta de ordem, perseverança e não saber limitar seus desejos, doenças decorrentes de excessos de todo o gênero.
     Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passa a passo à origem dos males que os torturem e verifique se não poderão dizer: Se eu não houvesse feito, ou deixado de fazer tal  coisa, não estaria em semelhante condição.
     A quem o homem há de responsabilizar por todas essas aflições se não a si mesmo? O homem as evitará quando trabalhar para se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.
     Deus quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não as deixa impune qualquer desvio. Todas as faltas acarretam conseqüências, mais ou menos deploráveis. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para evitar que no futuro cometa o mesmo erro, fonte de suas amarguras. Sem a impunidade, retardaria seu avanço e sua felicidade futura.
     Algumas vezes põe-se o homem a dizer: “Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto já não há mais tempo!”. Como o obreiro preguiçoso, que diz: “Perdi o meu dia”, também ele diz.”Perdi a minha vida”. Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resolusões para o futuro.
     Mas há muitos males que pelo menos aparentemente atingem o homem por fatalidade: a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família; os acidentes nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna; os flagelos naturais; as enfermidades de nascença; sobretudo as que tiram o meio de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.
     Os que assim nascem certamente nada hão e ter feito na existência atual para merecer tão triste sorte. Que dizer dos que morrem em tenra idade? Seria a negação da justiça, bondade e providência de Deus se a alma fosse criada ao mesmo tempo que o corpo e a sua sorte estar determinada após a permanência de alguns instantes na Terra. Que fizeram essas almas que acabaram de sair das mão do Criador para se verem, nesse mundo, a braços com tanta misérias e para merecerem no futuro uma recompensa ou punição qualquer, visto que não há podido praticar nem o bem, nem o mal?
     Se todo efeito tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma causa e se essa causa não se encontra nessa vida há de encontrar-se na anterior. Se foi desumano, assim será tratado; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilhante condição; se foi mal filho, poderá sofrer pelo procedimento dos seus.
     A cada vicissitude lembre-se de que se pertencesse a um mundo mais adiantado, isso não se daria e que só de si depende não voltar a este, trabalhando por se melhorar.
     Aquele que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e que muito deve regozijar-se à idéia de sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, pois se não terá de recomeçar.
     Perguntamo-nos então porque não nos lembramos das vidas passadas? Frequentemente, o Espírito nasce no mesmo meio que já viveu, estabelecendo novamente relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a quem odiaria, quiçá o ódio lhe despertaria outra vez no íntimo. Se sentiria humilhado no meio daquelas a quem houvesse ofendido.
     Deus outorgou-nos do que necessitamos e nos basta: a consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial. “(Evangelho segundo o Espiritismo)
     Teria muito ainda para lhes falar, mas assim escreveria um livro e não uma carta. Não quero mudar a crença de ninguém, mas o que tenho conversado com vocês me faz crer que são seres muito abertos e em busca da verdade, como eu. Por isso e por várias vezes alguns de vocês terem me questionado sobre o Espiritismo, aqui se encontra uma breve explicação. Se quizerem se aprofundar indico o Evangelho Segundo o Espiritismo e caso queiram tirar alguma dúvida peçam para Aline, Thaís, Camila ou Cris entrarem em contato comigo pela internet que tentarei responder.
     Teria muito para falar para cada um de vocês, mas sem citar nomes espero que muitos tenham entendido as mensagens. Algumas foram para trazer consolo, outras resignação e outras entendimento. Se um milésimo de tudo o que escrevi puder trazer algo de bom para a evolução de cada um, ficarei muito feliz.
    Eu vejo como cada um se preocupa tanto com o outro, mas o outro não enxerga e isso muitas vezes é de ambas as partes. Não tenho o poder de fazer com que vocês se entendam, o que tenho são apenas palavras e foi só isso, ou isso tudo, que pude trazer para vocês. Muitos me perguntam se estou ansiosa pela viagem. Digo que não estou. A única coisa que me preocupa são vocês. Peço aos menos que tentem ser compreensivos. 
     Sobre o meu avô, cada um tem o seu sentimento e seu grau de importância segundo a sua convivência com ele. Daí cada um tem uma versão diferente sobre tudo. Cada um é responsável por sua vida, só nos fazem mal aqueles que deixamos fazer. No fim, a culpa é toda nossa. Não o glorifiquem e nem o minimizem. Ele foi um ser humano como todos nós, cheio de erros, qualidades e defeitos. Agora ele é somente espírito, tudo vê e tudo entende (na versão original escrevi dessa forma, mas foi um erro de expressão, as coisas não são necessariamente assim. Como espírito estamos mais livres da matéria, mas isso não se dá em um passe de mágica também.). Não busquemos respostas para justificar a doença ou por que ele foi tão cedo na concepção de alguns. Não sabemos um décimo do que ele fez para merecer essa provação, porque nem mesmo ele saberia ao todo. O câncer não é uma doença maldita, ao contrário, bendita, porque nos possibilita reparar muitos erros nossos e ele mesmo disse isso, que essa doença veio para ajudá-lo a compreender muita coisa. Fiquemos felizes por ele então. Se esse mundo é de expiação, porque iríamos querer que ele ficasse mais aqui? Não podemos saber se ele completou ou não o dever dele aqui, mas sabemos que muito foi feito. O que importa é o que ele deixou de bom, por isso eu choro de saudade, são lágrimas resignadas, felizes porque ele passou muita coisa boa para mim e é isso que eu vou continuar passando para frente. O que se foi, foi só a matéria, o amor continua vivo, assim como o espírito. Vou escrever a tradução da música “When I die” (Quando eu morrer) de No Mercy que me faz lembrar muito do meu avô e de tudo que ele deixou de herança pra mim:
        “Para sempre e por toda eternidade, quando eu morrer, eu continuo vivendo pra você.

         Você me dá forças quando eu começo a me preocupar
         Você me levanta quando eu me sinto arrependido
         Você está me construindo com amor e carinho
         Quando eu estou em perigo você é minha proteção
         E eu sou o único que você pode contar
         Eu sempre faço você acertar, nunca errar
         Somente sinta o amor queimando dentro de mim
         Ele vai durar por toda eternidade, por toda eternidade
         Porque querida, eu te amo
         Querida eu preciso de você, sim eu preciso!
         E quando eu morrer eu continuo vivendo
         Você sempre vai ter o meu amor olhando por você
         Vou ser seu anjo no céu
         Pra sempre o meu amor irá brilhar em você
         Porque querida, eu te amo
         Querida, eu preciso de você, sim eu preciso!
         Eu sou o único que você pode acreditar
         Ninguém pode tirar isso que estamos sentindo
         Nosso amor é forte e vai durar pra sempre
         Ninguém vai amá-la melhor
         E eu sou o único que vou ser sempre sincero com você
         A semente do amor vive dentro de você
         Eu vou ser seu anjo no céu
         E todo meu amor continuará brilhando em você
         Por toda eternidade...”


     Eu traduzi escutando a música, então deve ter alguma coisa errada, mas é isso aí! O que ele deixou pra mim foi isso: A semente do amor vive dentro de mim e todo o amor continuará brilhando em mim, por toda eternidade.

     Eu amo muito todos vocês! Se cuidem...

                                    Amanda"

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